2015 começou com os
insuportáveis livros de colorir, uma febre estressante para quem buscava um
refúgio. Uma distração de burguês: lápis de colorir Faber-Castell com 30 cores
em dégradé de cinza, 26 de tons pasteis e 68 de cores vibrantes, livros caros que
remetiam a infância de uma forma mais sofisticada.
A conta de luz aumentou
junto o dólar. A crise se instalou e deixou milhares de desempregados, mas isso
é visão de coxinhas, dirão os esquerdistas. A epidemia de dengue, de Zika e de
falta de grana. Tudo na mesma proporção.
Um ano de adeus, de perdas,
de desfalque: de Cristiano Araújo à Marília Pêra. Ano em que fomos obrigados a
acompanhar feito novela mexicana a dissolução de um casamento, eis Joelma e
Chimbinha.
E a recessão, inflação e o
desemprego continuaram perseguindo os brasileiros. Um japonês da Polícia
Federal revelando prisões, e a população se envergonhando com as manobras de
Eduardo Cunha.
Um ano de vitórias: PEC das
domésticas, da possível cura do câncer e a vacina aprovada para o HIV.
E teve polêmica com o
vestido que poderia ser dourado e branco ou azul e preto. Teve o facebook
colorido com a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA.
Um ano em que a terceira
guerra mundial foi instalada com o bloqueio do whatsaap. E o descontrole da
microcefalia juntamente com as omissões do governo, seria a Zika, a vacina para
rubéola ou as profecias bíblicas se revelando?
Últimos dias do ano e
nenhuma gota nas torneiras: falta água, falta dinheiro, só não falta à
esperança por dias melhores.
Melhorias, anacronismo,
cartas marcadas, surpresas. Eis que 2015 se vai para nunca mais voltar, o ano da
lama de Mariana.
Até ano que vem!
Juliana Soledade
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