Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

9 de abril de 2015

Para Maria 6

Hoje fui acordada com um beijo no rosto e um afago na cabeça, uma maneira apaixonante de desejar ‘bom dia’. Os olhos marejados de quem avançou a madrugada, os cabelos desengrenhados e a voz rouca nas primeiras horas da manhã não foram empecilhos para os elogios conferidos: - Você está linda, mamãe!

Apesar da necessidade de iniciar o dia com as atividades diárias e corriqueiras, nada fiz a não serajustar a princesa de quase um metro e quarenta centímetros no colo e dedilhar em seu corpo as melhores poesias que uma mãe pode ofertar a sua filha. Quando disse que só tinha amor a oferecer, ela respondeu: - Isso é tudo, mamãe. Suficiente.

Quando imaginei que as surpresas de uma quinta-feira chuvosa haviam acabado, ela surge novamente no início da tarde, retira um livro da prateleira da biblioteca e leva para o ballet, disse que leria no intervalo de uma aula para a outra. Não dei créditos a essa iniciativa, mas desejei boa sorte na leitura, mas sou uma tolinha elevada à décima potência, Maria não só leu como me apresentou o resumo do livro com uma letra redondinha e um sorriso estampado no rosto . Atitudes memoráveis e delicadas de uma menina de oito anos de idade. 

Faço esses escritos ao fundo da folha do resumo do livro, apenas para atestar [e registrar] o quanto essa menina me orgulha. Maria me refaz todos os dias e permite a possibilidade de enxergar o mundo com outros olhos, àquele que por vezes se faz esquecidos debaixo do travesseiro; os olhos do amor, do companheirismo, e da fidelidade.

Sim, sou a mãe mais babona que existe por aí.


Itabuna, 9 de Abril de 2015



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