Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

2 de março de 2015

Gerais de Minas


Era diante a paisagem de montanhosa de Minas Gerais que os passos se reencontraram. Uma marcha dedilhada na entrega e sensatez. Alguns meses de programação, uma troca incessante de mensagens virtuais, além das fotos sensuais compartilhadas, um desejo desmedido para a consumação de toda a rendição prometida.

Homem e mulher aquecidos por uma atração alimentada 
diariamente. Sem resistência ao arrebatamento, sem cordas e sem amarras. Uma tentação coberta de apego e ambição unida a um único propósito: provocar o derramamento de sonhos na realidade.

Ela uma verdadeira mina de lascívia, ele a personificação da libido. Um encaixe perfeito para tamanho anseio. Para espumante eles sabiam ser sede. Para o sangue correndo desesperadamente entre as veias eram prazer. A excitação tinha nome, rostos, corpos, somente dois egoístas conseguiam enxergar tudo isso.

No corpo completamente nu, ela dançava em chamas. Um comichão de atitudes desritmadas, uma predileção de vontades próprias. Tudo ganhava nome, a ortografia bailava junto do vai-e-vem progressivo. Beijos e desejos. Sexo e prazer. Rendição e febre. Luxúria e gozo. Uma dedicação mútua de entrega.

Nas montanhas todo esse querer era como um poço sem fundo, onde sabiam mergulhar de cabeça. Todo o resto aqui não existe apenas ilusão ainda cutuca os ombros de ambos.

Ele que com um tiro certeiro de cupido atingiu o local exato: o coração. Nada mais foi como antes. E agora, fruto de lembranças insaciáveis, questionam-se: 

- Como pode haver vida depois do amor? 

Juliana Soledade

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