Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

9 de dezembro de 2014

Sobre a Felita



Eu brincava de escrever, dedilhava palavras, (re)encontrava amores e acenava despedidas, quando não estava no cais sacudindo o lenço de adeus, era eu quem partia rumo a novos mares. Com isso, consequentemente, me encontrei escritora.

A chegada do livro Despedidas de mim, não foi uma mera brincadeirinha de gente grande, foi um projeto que nunca adormeceu. sempre aquecido com sonhos que perfaziam as palavras. Guimarães Rosa diz que a felicidade é feita nas horinhas de descuido, e esse livro é bem das horinhas de descuido. Em momentos que a dúvida e a incerteza dominavam, era justamente momentos de reconhecido e aprazibilidade.

Juntar palavras é das alegrias que eu mais quero me aproximar. Encontrar leitores, discutir assuntos polêmicos, buscar formadores de opinião, e sem dúvidas, fisgar as boas interpretações para bem pertinho.

Com início no dia quatro deste mês, a FICC lançou a I Feira Literária de Itabuna, a Felita. Desfrutei da honra de poder compor o quadro de programação, encontrar escritores que viviam nos livros, partilhar de leituras animadas com outros velhos conhecidos, rememorar a passagem de Jorge, o Amado, nesta terra e dividir o microfone com Manuela que não é Mariana e é Bebert.

A proposta ousada da Feira que invadiu os espaços do colégio AFI apresentou-nos a importância da leitura, da democratização, da realidade ainda carente para a literatura, embebedamos de sons desconhecidos, aprendemos uma nova equação matemática (MUSICALIDADE + LITERATURA – PREJULGAMENTO = APOTEOSE DA CULTURA³³³).

Para manter o equilíbrio da balança, lamentavelmente para toda parte positiva existe a negativa. O lado negro se apresenta na presença de opiniões sem conhecimento por parte de alguns, na falta de imparcialidade a cerca dos julgamentos, principalmente para àqueles que não conheceram o trabalho desenvolvido por meses pela Fundação e tampouco dispõe de conhecimentos básicos que permeiam a cultura na formação do indivíduo.
Por aqui eu observo, e permito-me sonhar que ainda teremos possibilidade de levar a educação e cultura para outro patamar, aquele da valorização.

O flagra da foto é de Ricky Mascarenhas, comigo a doce Manu Berbert


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