(...) Alçando lugares desconhecidos, desdenhando batalhas necessárias, e
afastando problemas fantasiosos, caçando uma paisagem leve, equilibrada, dessas
que fazem a alma e a realidade serem serenas. Caminhando pelo mistério, uma
canção de mar encerrou o longo caminho que estava a percorrer. Em alguns
minutos ela estava cada vez mais perto do que a fascinava.
O mar com toda sua relevância copulava com a jovem, concentrada num azul tenebroso, imenso, ameaçador, misterioso. Ela não se intimidava, encarava-o com tranqüilidade.
Eles não se tocam, o
mar sussurra calmaria enquanto ela grita seus medos e esperanças. O pedaço de
céu que se envolvia com o oceano, escondendo vidas misteriosas e mágicas dentro
de embarcações.
Existe uma veneração
por ele, sem submissão. Ela se atreve em aventuras destemidas, se joga em seus
confortáveis braços e confia cegamente, desde o seu som melodioso de vai e vem até
as profundezas das águas.
O mar que habita nela não tem descanso.. (...)
Juliana Soledade
Às 01:25, de 22 de Fevereiro de 2013
Movida na madrugada pelos embalos do mar.