Desde
o fim da zona azul em Itabuna, que a guerra dos “flanelinhas” se alastrou de
maneira assustadora na cidade. Ameaças, brigas e muita confusão, caso não pague
a gorjeta por ter supostamente olhado o teu veículo. O exercício ilegal de profissão
passa notoriamente despercebido pelos olhos da polícia e da prefeitura. Os
flanelinhas ou guardadores de carro amedrontam pessoas de paz e bem.
Além
de colecionar passagens pela polícia por furto e roubo na grande maioria dos
casos, a cobrança de um serviço não solicitado normalmente vem acompanhado de
ameaças implícitas. Quando não se contentam com o valor pago pelo “devedor” a
maneira de intimidar acaba sendo mais drástica e violenta, afinal é do
conhecimento de todos que, por muitas vezes, o flanelinha pratica violências diretas
ao condutor, sejam físicas ou verbais, quando não causam danos ao veiculo.
Em tese não se pode legitimar uma apropriação de um
espaço público e muito menos efetuar cobrança imposta por um particular. Porém,
esta atitude é visivelmente ignorada e de total ineficácia na repressão de
delitos decorrentes da atividade ilícita, pois, de origem regular, mas que
constitucionalmente é atribuído aos órgãos estatais, que pouco se importam para
bem estar do contribuinte. Que aqui entre nós, um serviço além de
desnecessário, eles, os flanelinhas, poucos se propõe a fazer de fato. Necessário
mesmo seriam profissionais habilitados e capacitados, com tabela de preço fixo,
com profissão regulamentada e legal, porque não habilitar os flanelinhas? A
responsabilidade dessa habilitação seria do poder público?
Mesmo que a formalidade não aceite a exploração de
estacionamento em vias públicas, elas estão loteadas e cheias de ‘donos’ que se
auto-intitulam proprietários dos locais de maior movimento, causando muitas
vezes entre eles, brigas e discussões, de forma violenta e em alguns casos,
fazendo o uso de armas, em ambiente público, a vista de todos.
O uso de drogas por eles, em pleno centro da cidade
também assusta muito. De diversos tipos e espécies, somos obrigados a
presenciar e prevê a reação indeterminada.
Apesar de toda esta enorme reprovação da sociedade em vista a essa abordagem injusta e cotidiana, inexistem condutas de repressão e fiscalização. Não vemos uma atitude direta dos órgãos competentes. Contudo, em momentos de alto grau de ameaça e/ou violência aplicada, a atitude da Policia é deter e liberar logo em seguida, retornando aos seus ‘pontos’, e que sempre revolta a população pelo descaso do poder público. Apenas reprimir não é solução, é necessário pensar na inclusão e justiça social, fiscalizar, oferecer também qualidade de vida, combate eficiente contra as drogas. Contudo, será que eles estão dispostos a mudar ou levar esta vida é preferência? Resolver a problemática talvez seja difícil do que os ‘doze trabalhos de Hercules’, porém tento incansavelmente acreditar que um dia isso pode mudar.
Apesar de toda esta enorme reprovação da sociedade em vista a essa abordagem injusta e cotidiana, inexistem condutas de repressão e fiscalização. Não vemos uma atitude direta dos órgãos competentes. Contudo, em momentos de alto grau de ameaça e/ou violência aplicada, a atitude da Policia é deter e liberar logo em seguida, retornando aos seus ‘pontos’, e que sempre revolta a população pelo descaso do poder público. Apenas reprimir não é solução, é necessário pensar na inclusão e justiça social, fiscalizar, oferecer também qualidade de vida, combate eficiente contra as drogas. Contudo, será que eles estão dispostos a mudar ou levar esta vida é preferência? Resolver a problemática talvez seja difícil do que os ‘doze trabalhos de Hercules’, porém tento incansavelmente acreditar que um dia isso pode mudar.
Juliana Soledade graduanda do curso de Direito