Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

13 de outubro de 2011

Crianças amadas e abandonadas

Risos fartos, presentes agradáveis, brincadeiras abundantes e um dia de alegria, trata-se do dia das crianças. Desejado e abastado de vontade de muitas, por ser o “dia” exclusivo. Tanto que se apresentam praças cheias, shopping lotado, comércio faturando, demonstrações de amor e afeto por todo lado, principalmente em redes sociais.
Em uma distância não muito remota, o que vemos são crianças sem sonhos, sem perspectiva futura, algumas nas ruas, outras sem saber o sentido do que é o amor fraternal. Em meio a drogas, violência, prostituição, abandono e desalento.
Basta que se olhe para muito próximo, sim, debaixo do nosso nariz, e perceba que a tal desigualdade é muito mais comum, mais real do que se imagina. Uma triste realidade difícil de combater, que infelizmente atinge todo o mundo. Não gozam de uma vida digna, de diversão e brincadeiras. Crianças que já são exploradas no mercado, que são abusadas sexualmente, sem saber o que é ler ou escrever, sem regras e limites.
Considero importante também que este “dia das crianças” deve existir com regularidade e harmonia. Nossas crianças precisam sentir que aqui estamos para educar, valorizar e incentivar. De nada vale um bom presente sem compaixão e carinho. Crianças precisam de amor, para que neste mundo tão cruel possam ter a vontade de mudar e crescer aprendendo a lidar com as diferenças e resolvendo os seus conflitos.
Muito me alegra quando vejo pessoas unidas e dispostas a fazer este dia mais feliz para os órfãos, os que vivem em creches e aqueles que na rua moram, levando sorrisos, brinquedos, e, um pouco de alegria.
Mas ainda bem que para muitos ainda existe esse dia, para que seja guardado na lembrança poucos e bons momentos de afeto.
Como diria Renato Russo: E hoje em dia, como é que se diz, “eu te amo”?

Juliana Soledade

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