Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

27 de setembro de 2011

Por uma questão de fé


Alguns anos escorreram em minha vida, com sonhos, desejos e esperanças, a vontade de me encontrar dentro de uma universidade, fez que não apenas que os meus sonhos tomassem proporções interessantes, mas também o aumento da promessa.  À medida que passava um vestibular, a promessa aumentava, e assim se deram por três longos anos.
Sempre fui considerada uma comunicadora nata, em partes até que concordava, sempre tive a vontade do curso de comunicação social, e a UESC disponibiliza com habilitação em rádio e TV, isso sempre me encantou e muito, adoro me encontrar perdida sobre as ondas de rádio AM. Quando tive meu contato com o rádio em si, estava realizada. Saber a função daqueles botãozinhos, controlar um programa, jogar comercial, cortar o áudio, inserir o ouvinte, não, não, libera o microfone do locutor. Foi assim que passei alguns bons meses, o Bonner realizou mais algum sonho, me colocar no ar, sim, é ter a sensação de que se fala para o mundo, com uma ferramenta tão potente quanto uma bomba atômica. Mas tudo passou e os sonhos amadureceram.
Apesar de amar muito a comunicação, sentia que o desejo era um pouco além, sentia a necessidade de realizar o meu desejo profissional primeiro: Operadora do Direito. Em tempos mais remotos, acreditava que jamais conseguiria, tinha presenças pessimistas, que insistiam na impossibilidade de conseguir cursar, quanto mais passar em um vestibular. Mas insistente como eu sou, afirmei essa idéia dentro do meu eu e passei então a acreditar no meu potencial, e digo-lhes: Foi à melhor coisa que eu fiz.
Tendo como passo número um: A confiança em si própria, vamos estudar! E isso eu fiz com categoria e muito empenho. Aproveitando a deixa de Iêssa – grande incentivadora, passamos a estudar, discutir assuntos e incentivar uma a outra, ela fazia cursinho e eu não podia pagar, então usava os livros dela, debruçava, usava e abusava da boa vontade, assim que ela voltou para a cidade dela, acabei entrando no cursinho e tomei aulas significativas para a maratona – Iêssa, obrigada por além da amizade, a confiança em mim e em tu!
O próximo passo seu deu nas inscrições: UESC era o objetivo principal, mas UESB foi à prova, concorrência maior e querendo usar a tática de eliminação na prova da UESC. FTC e UNIME também entraram no itinerário.
Primeiro vestibular: Unime, sendo aprovada em 3º lugar, não dando a mínima, afinal faculdade particular nunca foi o meu objetivo. Seguindo para UESB, e sendo recebida com muita categoria por um amigo impar: Helder, e com uma festa de amigo sacana, que dia fantástico – Amigo, obrigada pela força! Provas longas e cansativas, porém com muito desenvolvimento. FTC, com boa classificação, e UESC, sendo o meu maior desespero, perdendo o segundo dia de prova por conta de chuva, acidente no trânsito e 2 minutos de atraso e sem a compreensão de um coordenador – Este que não soube que em outros pontos, inclusive na UESC, tiveram tolerância por conta de uma forte chuva.
Foi uma dor, dor de derrota, sim, era o vestibular mais esperado, e me sentia altamente preparada para tal. Doeu, e a cabeça pensava em milhões de coisas a serem feitas e remetidas a UESC. Mas o pontinho de equilíbrio apareceu e me fez entender que tudo acontece no momento devido.
Como nem tudo são espinhos, preferi comemorar a vitória de passar, ser habilitada e chamada para UESB, isso sim estava sendo importante até o momento que fiz milhares de contas, algumas coisas de extrema importância foram pesadas na balança – Maria foi a maior delas e cheguei a conclusão que vaga seria de uma outra pessoa.
Aproveitando a classificação na Unime, hoje curto a minha meia-bolsa. E digo, não tem nada mais gratificante do que sentir o semestre passando e os conhecimentos entrando de forma insistente e por vezes dolorosa.
Como cito lá em cima, para passar existiu uma promessa, promessa esta que somaram 33km de percurso, de minha cidade (Itabuna) à catedral de São Sebastião em Ilhéus. Com o querer das pessoas que amo próximas a mim, fiz a promessa e incluir alguns integrantes para que pagassem comigo. Esta que foi paga honravelmente no dia 25 de setembro de 11, 5 guerreiros-aventureiros competentes o suficiente para contribuir com pagamento da divida aos céus.
7 horas e 15 minutos de caminhada, muitas bolhas nos pés, sorriso estampado por quase todo o trajeto e nenhuma vontade de me matar – Digo que esta parte foi a mais importante, existia um medo de não consegui voltar com vida. Como me sinto depois disso? MULHER-MARAVILHA!!
Saímos muito felizes, primeira parada na CEPLAC com o ar de chegaremos antes do previsto, Salobrinho e UESC em ritmo muito bom, caixinha de som para animar e palhaçadas do Pai para alegrar, Banco da Vitória com o cansaço estampado, água de coco para hidratar e seguimos o caminho com as ladeirinhas imperceptíveis quando se passa de carro, mas a pé mais pareciam ladeiras sem fim, a placa do seja bem-vindo em Ilhéus nunca foi tão adorada, o carinho do motorista da Rota foi o incentivo, entretanto até a Catedral parecia que nunca chegaria, o cansaço era explicito, as reclamações eram constantes, mas a vista da ponta da Catedral embaixo do viaduto Catalão foi linda, talvez a mais marcante – Tudo bem, vou fingir que não vi 2 dois rapazes passando com caixas de cerveja. A alegria de chegar aos pés da escadaria foi o mais satisfatório, o grito do: NÓS CONSEGUIMOS, tomou conta do meu coração, de minhas lágrimas e da certeza de quem PROMETE CUMPRE!!!

Os guerreiros-aventureiros foram heróis, essa é a forma mais própria para nomear, cada um com a sua singularidade e que fizeram acontecer. Eu fui à mentora, contudo, nada teria sido tão belo quanto a garra e coragem para me seguirem. O Pai foi incluso na promessa, e em momento algum deu o pé para trás, A Mãe com os quitutes deliciosos, de fato, comemos demais pelo caminho, só que nada melhor do que a carregar a comida barriga do que na mochila, Aline a adorável professora, amiga de outras vidas, que abraçou a causa e juntou-se, com a companhia única e com estórias deliciosas. Eu os agradeço de coração, alma e espírito!
Existem mais promessas, essas como tal, serão pagas no momento certo!
Bom, e hoje eu posso afirmar com alegria sou estudante de Direito e o futuro desta nação!
 

Comentários
2 Comentários

2 comentários:

olá JuJuLy, desejo que todos os seus bons sonhos e desejos sejam realizados. já te dou parabéns por todas às conquistas, até aqui mas muito mais virá, para o seu sucesso, em todas as coisas boas, da vida. Deus te abençoe, sempre!!

obs: muito obrigado por ter me citado no seu texto.

Ju..vc é mais que vencedora, obrigada por sua amizade tbm, fico feliz em fazer parte da sua vida, da sua história, assim cmo vc faz parte da minha tbm! Beijoss minha amiga, saudades sempre

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