Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

11 de agosto de 2011

Comemorar o quê?


Aqui pelas idas de Julho, mais um ano a completar da cidade centenária, a boa velhinha anda abandonada, largada e tapeada. Sim, o que mais vemos são queixas, buracos nas ruas, poeira, lixo e animais soltos.
Como a boa velhinha foi comportada repassando dinheiro público para as mãos de poucos, ganhou um pouco de pó de arroz branco nas guias, algumas faixas de pedestres foram destaque no dia que foram pintadas, a ponte que pedia socorro com tantos acidentes ganhou um farol. Algumas poucas obras que foram feitas em tempo de corrida maluca a fim de ser inaugurada nesta data será que vão ficar prontas? Mas e o centro da cidade? E os bairros vizinhos? As praças? E a enrolação?
O dia 28 está chegando à agonia para que não tenha mato em destaque no centro da cidade, areia retirada de vias públicas, afinal é uma semana de comemorações, festejos e muita alegria. Trazer a praça música, cantores famosos e diversão, sendo que temos saúde pública municipal em caos, bairros nobres na necessidade do toque de recolher devido à violência absurda e desmedidas, aluno sem aulas por conta de desabamento, temos ruas próximas do centro sem calçamento, vivemos em meio a buracos que cabe eixo de carro, campanha de vacinação adiada, fatores mal explicados desde a ausência de licitação à mudança climática, apenas promessas e mais promessas.
Não vivemos em ritmo de cidade do interior e sim centros regionais, temos porte e influência sobre mais de 40 municípios menores, proporcionando assistência à saúde, educação, comércio empregos e muito mais. Só nos sobra a sensação de que a cidade está totalmente sem comando.
A degradação ao longo dos anos, improbidade administrativa perseguindo a prefeitura. Como provas fotos, relatos e historiadores, já tivemos uma Itabuna linda de se viver, praças limpas e decoradas, imagens em preto e branco que é orgulho dos mais experientes. E será que precisamos mesmo de provas? Será que essa população jovem poderá usufruir um dia de uma cidade menos violenta?
Mas infelizmente a sujeira continuará, os buracos permanecerão, as obras que não foram concluídas terão mais tempo para quem sabe concretizar e dos nossos bolsos, para a nossa tristeza, continuarão saindo impostos e mais impostos!
Viva Itabuna! Viva os seus 101 anos de emancipação política! 
*Juliana Soledade. Estudante do curso de Direito.

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