Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

23 de julho de 2015

Fome e sede


"Precisavam abandonar os pratos e as garrafas de vinho de cima da mesa, as roupas do corpo e os rótulos definidos. A boca seca de quem ardia em febre com o seu sexo pulsando. Ela alucinada, nua e completamente abrasada. Uma lua que ardia diante dos corpos apaixonados. Malícia e luxúria combinadas. Ofegante respirando pela boca, que secou ainda mais. Uma entrega furiosa com sexo, movimento e libertinagem. Irreversível, inclusive o tremor no corpo.

Tensos acariciaram-se com fome e sede. Enlouquecidos traduziam pelas mãos um desenho excitado entre as pernas, os longos cabelos eram puxados com vigor. Ele beijava seu pescoço, ela arrepiada, cravava as unhas em suas costas. Uma cópula violenta e frenética. Imoderada e barulhenta. 

Jogados ao chão semimortos, pensou: - como era possível tamanha beleza, e malícia neste olhar?"



Parte do conto 'Fome e sede'

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário