Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

7 de outubro de 2013

Um amor que nasce!

Volto pra casa depois de mais uma viagem, de tantas já feitas. Desta vez, deixei alguma coisa por lá: esperança de sonhos a serem contemplados.

Relembro das noites mal dormidas em uma cama grande, após o telefonema, com confirmação de e-mail sobre o nosso tão sonhado encontro, quase um mês de êxtase. Como se adormecer fosse correr o risco de perder de vista essa oferta tão preciosa para apresentar o meu trabalho ao mundo.

Tenho chorado a prestação, a ansiedade me consome, entre ataques nervosos e momentos sublimes. Em pequenos sonhos, volto para o diálogo de 57 minutos de um quarteto fantástico, numa mesa redonda com o vento frio do ar condicionado e de minha face em borbulhas, ora com perguntas peculiares de trechos escritos, ora com elogios surpreendentes.

É fácil recordar da leveza do encontro, da simplicidade e acolhida, como um início de sociedade onde todos sorriem, onde existe leveza em uma nova caminhada, independendo de acontecimentos futuros, revelando segredos, confessando desejos e ainda assim, sendo recebida com três corações abertos e limpos com os meus dizeres. Do mesmo modo que os sonhos, os medos também foram postos a mesa, com planos traçados em planilhas bem delineadas, parecendo-me uma nova família a ser delicadamente construída com tudo aquilo que foi recolhido – e escrito -, com tantas despedidas de mim, durante longos nove meses.

Os olhos turquesa da jovem senhora que me analisavam enquanto apresentava conto a conto, pareciam invadir, fazendo questão de saber palavra por palavra escrita, tradução de cada frase montada, de cada parágrafo dúbio, de cada despedida e da falta de encontros (que em mim, não se faziam necessários). Os olhos ávidos, esmiunçava tudo o que eu tinha para entregar, que além de tantas palavras que explodiram de mim, eram sonhos, coração e alma, tudo em um só projeto, tudo em um só livro.

Junto com a sensação de conquista, ficaram ressoando uma série de interrogações, a grande maioria oriundas de perguntas que eu mesma quis fazer, no entanto guardei em mim, esperando uma leitura pelo olhar, que infelizmente não foram feitas. Compreendo que o caminhar é longo, e tão pouco será simples, mas a cada vez que tenho novos escritos sinto que vale a pena seguir com meus encantamentos, nesta mesma direção.

Naquela editora tão conceituada, eu estive inteira, de mala e cuia, sem a menor ressalva, sem me poupar, sem reservas para qualquer mudança de planos, sem medo, falando sobre tudo com o maior poder de conhecimentos. Lá eu fui descascada, encontraram a pérola, e se assim quiserem, farão bom uso dela.

Ter quem acredite e brigue por nós é de um valor imenso. Obrigada meu mestre, ídolo e amigo. Acreditar em meu trabalho, (com alguns puxões de orelha) é de grande valia. Sumamente agradecida pelas indicações.


O trato até então é: seguir de mãos dadas, de maneira espontânea, esperada e comovente, porque em cada contato existe uma comemoração. Ter a esperança de poder partejar um livro assemelha-se com a esperança de engravidar, mas desta vez uma gestação de palavras e mais palavras, de mim para o mundo!

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