Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

29 de abril de 2013

Vamos exercer a cidadania?


Uma palavra que só se ouve multimencionar em período eleitoral: cidadania. Ok, mas o conceito de cidadania não se limita ao ato de votar, vai muito além: somos cúmplices dos benefícios e malefícios da gestão dos governantes eleitos.

Claro, é mais fácil reclamar dos políticos com os vizinhos, queixar-se com os colegas sobre a qualidade lamentável de serviços prestados à população, burburinhar a insatisfação e deixar transcorrer o mandato sem usufruir o direito constitucional de se expressar. Aceitar o inaceitável é mais cômodo do que exigir que se cumpra a lei, até mesmo porque isso demanda atitude, e poucos estão dispostos a bradar em alto e bom som.

Nessa falta de força, toleramos o intolerável: lixo exposto nas ruas, esgotos abertos, buracos nas vias e nos passeios, falta de sinalização, obras incompletas em todas os cantos da cidade, ação dos flanelinhas, e outras tantas praticas ilícitas. Contudo, denunciar requer ousadia, mostrar a face para a crítica não é disposição de muitos; concordar com a pedra no sapato parece ser mais fácil, o que não deveria ser.

Numa sexta-feira recente, cansei de presenciar a quantidade de buracos ao caminho de casa e o mau cheiro do esgoto aberto. Uma chuva simplória, que refrescou a cidade por dois dias, foi suficiente para destruir o trabalho mal feito por borra asfáltica nesses buracos. Enfastiada com a qualidade lamentável, e a frequência de manutenções em meu veículo, esbravejei aos quatro ventos, a fim de lograr êxito com as minhas reclamações fundamentadas.

Ao contrário do que imaginei, pareceu-me que os ouvidos do governo estão sim prontos a acatar nossos pedidos: na segunda-feira seguinte os serviços foram iniciados; buracos devidamente tapados, e teve início o trabalho para que o esgoto volte a ser oculto, para o bem de nossos olhos e olfato,  espero que esse serviço seja concluso o quanto antes.

Reivindicar direitos não é missão impossível, e pode ser realizado de muitas formas, seja com a participação em associação de bairro, seja de forma individual, coletiva, organizada ou ocasional. Por sinal, pode-se considerar que reclamar é muito mais que um direito, é um dever de cidadania; o importante é não admitir que o incabível seja aceito de forma passiva.

O governo ainda está longe de ser dos melhores, mas se cada um fizer a sua parte, com certeza, estará contribuindo para um futuro melhor, fazendo valer o seu voto.

Juliana Soledade


Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Plenamente de acordo, Ju.
É preciso tirar a cidade do discurso e fazer valer na vida das pessoas.

Postar um comentário