Quem paga por tudo isso? Somos nós: ‘eleitores-cidadãos-contribuintes’.
Piorando a situação, encontra-se a praça abandonada, pedras do calçamento descoladas e espalhadas, a fonte desativada, formando um ambiente confortável para mosquitos da dengue, usuários de drogas em massa e absolutamente NENHUM policiamento, nem pela Policia Militar, nem pela policia municipal. Vândalos são facilmente conhecidos pelos transeuntes, com palavras de baixo calão e com pedidos insistentes de ofertas. Venda e uso de droga também se fazem presentes, em meio a crianças que brincam alheias aos perigos, e a adultos que negam a visão.
Questões como a falta de iluminação ao longo de toda a praça, banheiros sem quaisquer condições de uso e a abordagem de flanelinhas só aumentam o rol de problemas do local.
O absurdo continua com a parte recreativa. Os brinquedos, feitos de madeira de qualidade duvidosa, mesmo contando com pouco mais de seis meses de uso, representam um perigo à parte para a criançada: partes quebradas, pregos expostos.
Aos que têm condições financeiras, resta custear a diversão dos pimpolhos em camas elásticas, motos elétricas e piscinas de bolinhas. Mas isso está longe de representar tranquilidade, posto que não há qualquer vistoria da Prefeitura, muito menos autorização para locação.
O que deveria ser um espaço público para integração social, na verdade escancara o abismo entre quem pode pagar pelo entretenimento, e quem só pode assistir, ou pior, precisa se contentar com a sucata que, repita-se, passou por reforma há pouco mais de seis meses.
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Praça Camacã: Reflexo do abandono! |
Do mesmo modo que a praça camacã todas as outras praças da cidade são cenário de desamparo e desleixo, sem importar pela sua localização, se em bairro periférico ou não, está tudo sucateado.
Juliana Soledade é acadêmica de Direito.