Encontrei aquele homem que me fez
perder a noção de quem sou, do que estava fazendo e onde estava. Achei tudo tão
incrível, essa é a parte boa, mas a pior arte mesmo é que deixei de ser dona de
mim mesma.
Ele é o meu passaporte para a
felicidade. Os seus olhos sempre ditava o próximo e mais constante destino: os
seus lábios molhados. Sabia sussurrar com a sua respiração ofegante em meu
pescoço, tilintando minhas ações como um encanto: os beijos sedentos pelo
corpo, minhas mãos correndo por sua pele macia, meu sexo que se transforma em
nosso sexo e um prazer violento e derradeiro sobre nós.
Ele me faz contar borboletas na
barriga quando diz que vamos nos encontrar no final do dia. Possuidor de um sex
appeal indescritível me fez ver estrelas cadentes quando me trancou num quarto,
seus olhos reluzentes como chama me tragou como o melhor dos cigarros,
embebedou de mel e voraz se despertou para mim.
E eu sei que ao ver naquela calça
jeans com a camisa branca minha respiração vai ofegar novamente, e todas as
últimas vezes sempre vão parecer com a primeira. Nosso perfume sempre parece o
mesmo, o de amor exalado, que mistura com a pegada no cabelo, a mordida na
orelha e o beijo estalado. Uma viagem extraordinária para o horizonte só nosso...
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Juliana Soledade