Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

9 de junho de 2015

Passaporte

Encontrei aquele homem que me fez perder a noção de quem sou, do que estava fazendo e onde estava. Achei tudo tão incrível, essa é a parte boa, mas a pior arte mesmo é que deixei de ser dona de mim mesma.

Ele é o meu passaporte para a felicidade. Os seus olhos sempre ditava o próximo e mais constante destino: os seus lábios molhados. Sabia sussurrar com a sua respiração ofegante em meu pescoço, tilintando minhas ações como um encanto: os beijos sedentos pelo corpo, minhas mãos correndo por sua pele macia, meu sexo que se transforma em nosso sexo e um prazer violento e derradeiro sobre nós.

Eu perdi a razão, as rédeas e a consciência, em contrapartida me lancei nos meus desejos, anseios e vontades que me guardavam até os meus trinta e poucos anos de vida. Ele é aquele bilhete premiado da loteria, quando penso nos abraços no meio da chuva consigo sorrir sozinha com a conta bancária em vermelho, esqueço que segunda-feira ainda é o dia mais chato da semana, e abraço o chefe como meu melhor amigo.

Ele me faz contar borboletas na barriga quando diz que vamos nos encontrar no final do dia. Possuidor de um sex appeal indescritível me fez ver estrelas cadentes quando me trancou num quarto, seus olhos reluzentes como chama me tragou como o melhor dos cigarros, embebedou de mel e voraz se despertou para mim.


E eu sei que ao ver naquela calça jeans com a camisa branca minha respiração vai ofegar novamente, e todas as últimas vezes sempre vão parecer com a primeira. Nosso perfume sempre parece o mesmo, o de amor exalado, que mistura com a pegada no cabelo, a mordida na orelha e o beijo estalado. Uma viagem extraordinária para o horizonte só nosso...

Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário