Bacharel de Direito, estudante de Teologia, pós graduanda de Direito, escritora, empresária e blogueira. Quase mulher, quase gente, quase anjo, quase santa. Apaixonada por nuvens e mar. Nem muito doce e nem tanto amarga. Feita de carne, osso, pele, cor e poema.

16 de outubro de 2013

A banalização da vulgaridade e a infância [praticamente] perdida

Li hoje uma frase que achei tão sensacional, tão sensacional, que imediatamente minhas conexões neurais dispararam, fazendo associações as mais diversas. Bom, sem mais falatório, ei-la: "O luxo não está na riqueza e no excesso de enfeites, mas na ausência de vulgaridade(Coco Chanel)





Parece bobagem, porque é uma frase de um ícone da moda, e moda [para alguns] seria mera futilidade. Muito longe disso, a frase casa com outra coisa que acabei compartilhando lá no Facebook, e colaciono aqui:



Vivemos uma triste realidade atualmente: vulgaridade banalizada. Não sei se eu sou conservadora, ou se os valores estão sendo invertidos, à medida que o tempo passa. Nossas crianças são expostas, desde praticamente o ventre, à programação massiva da tv, excessivamente violenta e pornográfica. Confesso que fico chocada quando vejo uma criança repetindo passinhos ou cantando "Anitta", ou ainda, as letras machistas e desvirtuadamente erotizadas do carro-chefe das rádios aqui no Nordeste, inclusive o axé.

Para mim, ao contrário da maioria, é decepcionante ver a inocência se esvaindo em meninas cujas roupas estão, cada dia menores e cada vez mais cópias do vestuário adulto. 

Até salto alto as pequenas já usam. Morre um pedaço de mim quando escuto uma criança cantando "lek-lek", como se estivesse cantando uma cantiga dessas que permeou minha infância. Sim, porque a criança não sabe distinguir uma da outra, então só repete aquilo que ouve, reproduz os estímulos aos quais é exposta. Então não pense que ela passará incólume ao seu rádio sintonizado numa dessas fm's de massa. E um futuro não muito distante vai mostrar que eu tenho razão, e você provavelmente vai se arrepender.

Na mesma direção, o fato de ignorar a classificação etária da programação de tv, especialmente os canais abertos. Se as novelas causam espécie as adultos, imagine o que faz com as cabecinhas em formação; aliados, claro, ao ambiente familiar, escolar, social... a combinação pode ser catastrófica. Então, papais e mamães, voltem seus olhares ao mundo que vocês estão oferecendo aos seus pimpolhos. Será que a tv precisa ficar o dia inteiro ligada, a ponto de a criança saber de cor e salteado a grade de programação? É realmente necessário ouvir músicas de duplo-sentido quando a criança está por perto? 

Não seria o caso de incentivar a leitura, estimular a criatividade, ou mesmo o básico, que é mostrar interesse na rotina da criança? Criança precisa de atenção direcionada (não é a presença no mesmo ambiente, é a-t-e-n-ç-ã-o), ouvir música de criança, ver programação de tv para criança, enfim, ser criança. Os ganhos virão em curto prazo, e tendem a ser positivos e perpetuados.




Crédito para a Tati

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